domingo, 22 de maio de 2016

Ahiman de Paula Ribeiro [memórias]

Ahiman de Paula Ribeiro, meu sogro, subiu para a eternidade em companhia do Senhor Jesus no dia 16 de maio de 2016; seu corpo foi velado na Igreja Metodista Central de Juiz de Fora, hoje Catedral Metodista em Juiz de Fora.
Bênção é a palavra que melhor pode descrever a sua vida, a sua dedicação à Igreja, na qual ele foi organista durante mais de 50 anos.
Durante o velório fiquei circulando e fotografando "memórias" de sua atuação naquela Igreja.

 

Esta foi a foto que a família escolheu para postar comentário, em uma rede social, a respeito do seu falecimento.


Esta é um "vista" do Parque Halfeld e, em vez de dizer que a igreja fica em frente ao parque, prefiro dizer que o parque é que fica em frente à Igreja, dada a sua importância na vida de Ahiman de Paula Ribeiro e nas vidas dos seus familiares que, como ele, participaram, serviram a Deus na referida Igreja.


Esta é uma foto da frente da Igreja Metodista Central, que captei da rua, durante o velório do Sr. Ahiman de Paula Ribeiro; é uma Igreja que esteve, sempre, no coração dele.


Esta é uma visão parcial da Igreja, foto captada mais de perto do templo; mostra uma faixa sobre o trabalho feito pela comunidade em relação a "Restauração das famílias". 


Na parte superior da foto uma vista interna da Galeria onde ele tocava o órgão da Igreja, uma peça preciosa importada dos EEUU há mais de 5 décadas. 


Este é o Órgão inspiradamente tocado por ele nos cultos, nas reuniões da Igreja; aqui ele não está mais na galeria, pois a Igreja resolveu descê-lo para evitar a escada que se subia para chegar até ele, o que já não era muito oportuno para os (as) organistas com a idade um pouco avançada como ele.


Este é um dos "lances" internos da escada, no interior da torre da Igreja, que leva à galeria onde o órgão se situava durante décadas. Também era o local onde o Coral cantava nos cultos.

Uma história: no dia 31.12.1962 o Sr. Ahiman subia a escada, exatamente nesse ponto, para preparar o Órgão para o culto de vigília; ele não se atrasava nunca, motivo pelo qual os cultos começavam pontualmente nos horários marcados,  pois ele é quem iniciava com um pré-lúdio. Então, voltando à história, eu já namorava a primeira filha dele, Míriam,  há 7 meses, mas resolvi deixar de namorar às escondidas; cerquei-o nesse ponto da subida para conversar sobre isso e pedir consentimento não só para o namoro, mas, também, para sentar-me ao lado dela no culto. Foi um pouco demorado, atrasou o início do culto, mas ele disse "sim!"


Muitos de nós pensamos que um órgão se toca apenas dedilhando o teclado, mas não é bem assim: um órgão para ser bem executado depende de pedaleiras também; o músico tem que ter o controle e atenção para as teclas, mas, também, para os pedaleiras. A foto mostra a pedaleira maior, mais usada, coberta por uma flanela e as outras mais longas que têm que ser alcançadas pelos pés do músico.


Outra bênção na vida do Sr. Ahiman: ele era dizimista fiel; mensalmente ele separava os 10% do seu salário bruto e depositava nas salvas da Igreja. Ele não o fazia para agradar a homens, mas para agradar e obedecer a Deus. O dízimo não é, como muitos pensam, uma exploração dos fiéis pelo pastor ou pela igreja. O dízimo é bíblico, o Senhor nosso Deus o inseriu na sua Palavra, a Bíblia, dizendo: "Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro [igreja], para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida" (Malaquias 3. 10 - Bíblia Sagrada).


O Sr. Ahiman, na Escola Dominical, era o secretário da sala dos homens idosos; era desta mesinha que ele fazia a chamada dos homens presentes e, quando pronunciava o nome de algum ausente, sempre um outro membro da classe mencionava o motivo da referida ausência. Nessa mesa, também, ele contava as ofertas dos alunos para mencionar em seu relatório ao Superintendente da Escola Dominical. Era um outro trabalho feito com amor; quando eu viajava para Juiz de Fora, embora houvesse outra classe de homens mais novos, ele fazia questão que eu participasse da classe dele. 



Este é um prédio construído  ao lado direito do templo, com os recursos dos dízimos; foi construído para, na parte de baixo, abrir espaço para a Escola Dominical, que passou a ter mais salas de aulas para as diferentes faixas etárias. Na parte de cima as instalações foram alugadas para melhorar a renda da Igreja no sentido de melhor custear os trabalhos missionário, evangelístico, educacional, assistencial [aos necessitados], etc.


Na área de Ação Social, há em várias Igrejas, a AMAS - Associação Metodista de Ação Social, que assiste os pobres, os necessitados, os idosos, etc. A Igreja Central em Juiz de Fora tem uma AMAS muito forte, muito dedicada à assistência social e o Sr. Ahiman juntamente com sua esposa, Sra. Hulda, falecida antes dele, trabalharam efetivamente e com um grande amor na AMAS. Um dos meios de subsistência do Lar dos Idosos, no qual eles dedicavam grande parte do seu tempo e trabalho, era o lado esquerdo do templo, onde foi aberto um "estacionamento" cuja renda [notem os precinhos baixos] é toda revertida para o trabalho de assistência social. 


Esta foto mostra o interior da Igreja, com destaque, ao fundo, do púlpito onde, de joelhos, é celebrada a Santa Ceia aos primeiros domingos de cada mês; local, também, de onde o pregador entrega sua mensagem aos membros e visitantes e ministra casamentos.

Esta placa, situada na parte externa da Igreja, entre as duas portas, se refere aos dados históricos do templo: nomes dos membros da comissão construtora e datas de início das obras, inauguração e consagração.


Esta outra placa é comemorativa do primeiro centenário do Metodismo Juizforano, que se deu  em 1984; coincidentemente no dia 16 de maio de 1884 o Metodismo chegou a Juiz de Fora; lembremo-nos que o Sr. Ahiman faleceu no dia 16 de maio de 2016, ou seja 132 anos depois.

Ao nosso Deus e Pai todo o louvor, toda a honra e toda a glória pelas vidas desse casal, Ahiman e Hulda,  que foram fiéis cristãos nessa Igreja e depois em Piracicaba para onde mudaram para ficarem mais perto das filhas.
  

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